quarta-feira, 18 de abril de 2012

Não, faltar...

(não) Estou desorientada. Não consigo transcender o plano físico.
O que a palavra "não" tem para nos oferecer a não ser o significado da própria palavra negada?
É como se eu andasse pelas ruas em plena tempestade, sentisse as gotas tocaram fortemente a pele...
Falta algo para além do que se pode ter, falta algo...
Não está preenchido, onde está? Não é suficiente, não é nada, não é tudo... é algo!
falta, falta falta falta falta..... Falta, falta. Falta, falta.... Faltava, faltará, Faltando... falta, faltar, faltamos.. faltafaltafaltafalta..... e blá blá blá.
Ninguém sente a mesma falta que você sente: "não dá", "não posso", "não estou", "não sou", "não"....
Cobranças, tudo e nada não são!

O que quero (não) dizer? Pergunta-se você. Eu me emudeço nesta mesma pergunta e mais na "o que quero existir", pois o lugar que cheguei não é suficiente, nada é suficiente... falta algo, falta!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Humanos Parvos

É deselegante e, por vezes, anti profissional relatar sentimentos demasiados ulteriores e intimistas. Mas valendo-me do signo que representa o cerne destes sentimentos é que descrevo em algumas palavras minha inquietante angústia pelos dias cotidianos.
Parlam que, na degustação da vida, não é possível reivindicar. Contudo, esquecem-se que, em um mundo de humanos desumanos, a vida é desapontante, injusta sob medida e metaforiza-se como uma luz que brilha apagada, ou seja,  a vida depreende um objetivo não alcançado, portanto que não se vale de nada.
Ao que ler estas linhas e abrigar em si pensamentos polêmicos contra a presente ideia, com toda certeza, não viveu todos os pormenores da vida, e deve ser classificado como um ser demasiado ingênuo e pobremente escasso de  meditação e argumentos. Não é possível ser demasiadamente conivente com a vida e não ser por ela manipulado. Antes, metamorfoseia-se aquele que a pensa e a reflete. Mergulhado e sufocado em tamanha transformação, a cumplicidade com a vida instabiliza o ser em uma posição cômoda, enquanto que o ato de pensar por si traz o Desassossego de Pessoa nas pessoas. Pensar é um ato, antes, infortúnio do que ventura. Porém pensar a vida é um estado de alma e mente que deve ser almejada por todos os humanos que desejam desapegar-se da categoria "desumanos" na infortunidade da sabedoria.
Lembrem-se de que já se dizia há muito tempo que " A sabedoria é loucura para os homens." A nossa faculdade da razão para julgar nossos próprios atos é que nos faz sermos ininteligíveis para outrem. Ninguém consegue refletir sobre aquilo que discursa contra si mesmo.
Humanos humanos pensam,portanto, fazem nascer pensamento. Já os humanos desumanos reproduzem pensamentos doutrem.